O Powershoring e a Neoindustrialização verde do Brasil

O Presidente da ABCE, Ricardo Gomes, participou da Conferência “O Powershoring e a Neoindustrialização verde do Brasil” realizada no dia 15/08/2023 na Sede da CNI em Brasília. O evento reuniu Governo, setor privado e Bancos para debater sobre o Powershoring e dialogar sobre prioridades para o Brasil se tornar líder global da economia de baixo carbono.

O evento teve como objetivo discutir o powershoring e a neoindustrialização verde, experiências e cooperação internacional, políticas públicas e a visão do setor privado a respeito dos gargalos e contou com a participação de autoridades, das quais destacamos o Presidente da República em exercício Geraldo Alckimin.

O powershoring é um conceito de estratégia de localização de plantas industriais, que combina elementos de resiliência com a moderna agenda de eficiência. O powershoring é especialmente relevante para plantas intensivas no consumo de energia e que estão sob pressão de custos e de compliance ambiental, comprometendo a sua competitividade e até viabilidade.

Dessa forma, o powershoring poderia ser a ponta de lança da neoindustrialização, que poderia ter eixos sinergéticos e complementares, como: a atração de plantas industriais em razão do powershoring; a atração de novos investimentos em energias renováveis e hidrogênio verde; a formação de um hub global de produção de equipamentos, serviços e manutenção de energias renováveis e hidrogênio verde; e a atração de investimentos que mirem a agenda de biocombustíveis e novas tecnologias.

No processo de neoindustrialização, a energia limpa, os investimentos verdes, as vantagens comparativas, o compliance ambiental, o capital estrangeiro, a exportação, a tecnologia e a inovação exercem papel determinante, ao tempo em que combina o respeito e a proteção ao meio ambiente com a agenda do desenvolvimento.

Por isso, as entidades realizadoras da conferência buscaram difundir os conceitos do powershoring e dialogar sobre prioridades, estimulando que o governo e o setor privado trabalhem juntos na construção de uma agenda executiva, que viabilize ao Brasil se beneficiar desse processo – com potencial de ser uma potente fonte de transformação da economia.